sexta-feira, 30 de maio de 2025

Lenda da Lagoa do Negro - Açores

A Lenda da Lagoa do Negro, há alguns séculos existia uma família nobre na Terceira que tinha, como era costume na época, escravos negros. A filha do morgado, habituada a receber as ordens do pai que eram cumpridas de forma inquestionável por todos, aceitou com naturalidade um casamento imposto por conveniência para a união de terras e aumento do poder.

Era um casamento sem amor mas, por boa educação e honestidade, ela submetia-se ao marido. No entanto, a morgada tinha um amor proibido socialmente inaceitável por um escravo negro, que lhe retribuía o sentimento.

Um dia o escravo negro falou com a sua amada e, juntos, chegaram à conclusão que o seu amor era impossível no mundo em que viviam. Só poderiam viver juntos se fugissem. No entanto, o marido da morgada tinha ordenado a uma das aias da esposa que a seguisse por todo o lado. Tendo ouvido a conversa entre a morgada e o escravo, esta informou o amo, que ordenou aos seus capatazes que prendessem o escravo.

Ao ouvir o ladrar dos cães de caça ao longe, e sabendo que não era dia de caçada, o escravo desconfiou que andavam à sua procura e pôs-se em fuga pelos campos, em direção ao interior da ilha. Após um dia e uma noite em fuga, caminhando por montes, vales e difíceis veredas, o fugitivo cansado e sentindo os cavalos já próximos, não tinha mais forças para correr ou sequer andar. Sem ter onde se esconder, resolveu parar e por ali ficar, abandonando-se à sua sorte.

Começou a chorar, e as suas lágrimas rapidamente se multiplicaram e fizeram nascer uma linda lagoa à sua frente, aninhada ao lado de uma colina arborizada. Quando se apercebeu da lagoa, os cavalos já estavam quase sobre ele. Não tendo mais para onde fugir, atirou-se da colina para as águas escuras e serenas da bela lagoa, onde se afogou.

Lenda do Menino do Coro e a Sineira da Sé - Açores

No tesouro da igreja da Sé em Angra do Heroísmo existe uma exótica imagem de Santo António de Lisboa, em que este se encontra vestido como um menino do coro, representação pouco habitual.

Conta a lenda que um mestre da capela estava muito preocupado pois não conseguia a harmonia entre os seus pupilos e a festa seria para dali a poucos dias. Furioso, ameaçou bater a um aluno se este não começasse a entoar as músicas na forma correcta. Apavorada, a criança fugiu pela catedral até que, à procura de um lugar para se esconder, se encaminhou para as torres da igreja.

Mesmo ali não se sentiu seguro, e à procura de um melhor lugar para se esconder, começou a subir a íngreme escada em caracol que levava aos sinos e aos pináculos das torres. Quando lá chegou pôs-se à escuta e, provavelmente confundindo o barulho do vento com o barulho de passos, julgou ter ouvido o mestre da capela no seu encalço. Não pensando nas consequências, atirou-se do alto de uma das torres.

A criança foi salva por um vento divino que a sustentou no ar, usando a opa da função do coro como pára-quedas. Levado pelo vento, o menino voou por três ruas até ser depositado no telhado do Convento de Nossa Senhora da Esperança, onde foi recebido pelas freiras com grande espanto.

Para comemorar esta ação divina e o salvamento do filho, o pai da criança mandou então fazer a mencionada imagem de Santo António vestido de menino de coro, que durante muitos anos esteve exposta antes de dar entrada no tesouro da Sé Catedral dos Açores. O menino de cantor de coro passou a ser sacerdote na sua vida de adulto.

Lenda do Pezinho de Nossa Senhora - Açores

Nos dias do início do povoamento nos princípios do século XV, várias pessoas passavam junto de um curso de água denominado Ribeira das Sete, quando avistaram a Virgem Nossa Senhora a pairar sobre a água, dizendo: "Estai atentos. Aqui próximo, no mar, há-de aparecer uma imagem minha". Ao dizer isto, Nossa Senhora colocou um pé na rocha basáltica de um dos lados da ribeira, desaparecendo em seguida e deixando a pegada marcada.

Quando o acontecimento foi divulgado pela localidade e seus arredores, as populações ficaram alvoraçadas. Muitas, apesar de cépticas, iam espreitar o mar para ver se avistavam alguma coisa. Ficaram então muito admiradas quando, passados alguns dias, deu à costa um caixote feito em madeira. Tinha vindo levado pelo mar, ficando depositado num poço de maré. Ao ser aberto, foi encontrada uma imagem, como havia sido predito: a de Nossa Senhora da Ajuda, esculpida em pedra.

A imagem foi levada para a igreja paroquial, onde a população pensou lhe dedicar um altar. Mas no dia seguinte à sua entrada na igreja, a imagem tinha desaparecido. A imagem acabaria por ser encontrada no local da Lapinha, onde tinha sido encontrada, junto de uma pequena furna cavada na rocha. Quando soube do ocorrido, uma aldeã da localidade disse que nessa noite tinha visto passar o que lhe pareceu uma senhora em trânsito da igreja para o local da Lapinha, transportada por anjos.

Depois de este fenómeno acontecer repetidamente, a população já sabia onde encontrar a imagem. Um dia, o padre e alguns homens da localidade resolveram levar mais uma vez a imagem para a igreja. Mas quando foram pegar nela, ficou repentinamente tão pesada que não foi possível deslocá-la. Foi assim que o povo percebeu finalmente que a Virgem queira ali ficar, próxima do mar. O povo edificou-lhe então a Ermida de Nossa Senhora da Ajuda, onde colocaram a imagem.

A esta ermida acorrem todos os anos muitos fiéis, vindo em peregrinação e para solicitar os milagres da virgem.

Caretos de Lazarim - Entrudo, Tradições de Portugal

Queima do Careto em Podence

Entrudo Chocalheiro, Tradições de Portugal

Chocalhando - Caretos de Podence

Rostos da Aldeia - Caretos de Podence

sábado, 24 de maio de 2025

Caldas da Rainha - Praça de Touros, cerca de 1902


 

Praça de Touros das Caldas da Rainha cerca de 1910


 

Praça de Touros de Espinho cerca de 1910


 

Ruínas da extinta praça de touros de Leiria em 1939


 

Extinta praça de touros de Leiria - Corrida à Antiga Portuguesa em 14-6-1914


 

Praça de Touros do Campo Pequeno em Lisboa


 

Praça de Touros de Alcochete


 

Praça de Touros Campo Pequeno em Lisboa


 

Desenho Nº 6 - Cartoon de Cid, 1985


 

Desenho Nº 5 - Cartoon de Cid, 1985


 

Desenho Nº 4 - Cartoon de Cid, 1985


 

Desenho Nº 3 - Cartoon de Cid, 1985